domingo, 16 de abril de 2017

A Gestão de Riscos em Projetos - O Fluxo

Como dissemos anteriormente, a base dos métodos de gerenciamento de riscos em projetos se apoia na identificação, análise e no tratamento dos riscos.  A figura abaixo apresenta um fluxo das ações relacionadas ao gerenciamento dos riscos em um projeto.

Fluxo de Gerenciamento de Riscos em Projetos
 
Iniciamos com a identificação dos riscos utilizando técnicas como, por exemplo, a opinião especializada, a análise de premissas e a EAR (Estrutura Analítica de Riscos). Essas técnicas nos ajudam na identificação dos riscos com o objetivo de determinar quais riscos podem afetar o projeto e documentar as características de cada um, sendo um processo realizado ciclicamente ao longo do projeto e não apenas uma vez, no início do projeto. O resultado da identificação de riscos é uma lista contendo os eventos de risco, apresentando as ocorrências específicas que devem ser identificadas no contexto das fontes de riscos e os sintomas de riscos (“triggers” = gatilhos), que são manifestações indiretas de eventos de risco reais. Em outras palavras, não basta apenas criar uma lista com os riscos do projeto. Para cada risco será necessário compreender o que pode fazer com que esses riscos aconteçam.

É de fundamental importância identificar os riscos, analisá-los qualitativamente e quantitativamente e, como um praticante da verdadeira gestão proativa, estabelecer formas de lidar com essas ameaças e oportunidades. Quando se analisa os riscos de um projeto é muito importante conhecer, além das características técnicas do mesmo, as pessoas, processos e sistemas da organização. Tendo em mãos essas entradas será possível aplicar ferramentas qualitativas e quantitativas para análise de riscos.

A análise qualitativa de riscos é, geralmente, um meio rápido e econômico de estabelecer prioridades. Os riscos que exigem respostas à curto prazo podem ser considerados mais urgentes. Com base nas prioridades obtidas com a análise de riscos devemos rever o nosso documento de riscos versus gatilhos.

Durante a execução do projeto os gatilhos de riscos serão monitorados. Isso está representado no fluxo pela pergunta: - Gatilho de risco ativado? Se sim, passamos para a etapa de responder conforme estabelecido no plano de riscos. Se não, passamos para a próxima pergunta que é a seguinte: - Há necessidade de nova rodada de identificação? Se sim, isso significa que houve alguma mudança que justifica uma atualização na identificação de riscos e, consequentemente, no documento que mostra os riscos versus gatilhos. Se não, seguimos para a pergunta: - Projeto encerrado? Se sim, o projeto é finalizado. Se não, voltamos para a monitoração dos riscos, pois o projeto ainda se encontra na etapa de execução. Isso é feito continuamente até que todas as entregas do projeto sejam feitas e o projeto seja encerrado.

O gerenciamento de riscos em projetos é um processo dinâmico e difícil de ser traduzido por um desenho de fluxo. Essa tentativa teve a intenção facilitar a compreensão desse processo pelo estudante. Nesse sentido, as sugestões e críticas dos leitores serão muito bem vindas. Bem, é isso aí! Até a próxima.

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